O NOVO OURO NEGRO

Às primeiras horas da manhã, a aerogare de Jacarepaguá já fervilha de atividade. O ambiente é cosmopolita e ouvem-se conversas era inglês, francês, norueguês e até bahasa indonésio. Nos anos 30 do século passado, já era assim, quando este pequeno aeroporto fazia parte da rota da companhia Aeropostale (mais tarde, Air France). Os tempos são agora outros e é desta pista, junto da Barra da Tijuca, que partem, diariamente, dezenas de voos rumo ao novo El Dorado do Brasil : os campos petrolíferos que ficam Atlântico adentro, a 300 quilómetros da costa do Rio de Janeiro. (…)

Após algumas voltas e manobras um pouco acrobáticas, o helicóptero aterra. Estamos numa área conhecida como o campo Lula/Iracema. São 150 quilómetros quadrados que se perdem na hnha do horizonte, onde, em 2007, se descobriram as maiores jazidas de hidrocarbonetos das últimas três décadas. Um lugar que os brasileiros ainda hoje celebram como simbolo da sua independência energética e de onde sai mais de dois terços do ouro negro do país.

« Olá senhor Manuel, como está ? Se calhar já não se lembra de mim… », cumprimenta Rivadavia Freitas, um dos engenheiros-chefe da gigantesca plataforma, dirigindo-se ao presidente-executivo da Galpenergia, Manuel Ferreira de Oliveira. (…) O tom de informalidade caracteriza a conversa, com o brasileiro a sublinhar a importância das questões de segurança, num lugar como este, ao mesmo tempo de que desafia a pequena comitiva de visitantes – cinco jornalistas portugueses – a degustar o lanche que para eles foi preparado. (…)

Este filho de Minas Gerais trabalha há três décadas para a Petrobrás, a petrolífera brasileira e uma das cinco maiores do planeta. Na qualidade de responsável pelo Angra dos Reis conhece muito bem as artes da comunicação e sabe como cativar quem lhe aparece pela frente – sejam repórteres sejam quadros superiores de multinacionais : « Só estive uma vez em Portugal, mas devo dizer-vos que fiquei fã – e passei a adorar bacalhau á Brás. >, A gastronomia serviu-lhe de pretexto para lançar uma indiscreta questão ao mais importante dos seus visitantes : « Qual é a taxa de rentabilidade das ações da Galpenergia ? » O gestor português hesita um pouco até satisfazer a curiosisdade do seu interlocutor: « Posso dizer-lhe que, neste setor, a nossa empresa é, a nivel mundial, das que apresentam melhores resultados para os seus acionistas. (…)

Como qualquer gestor previdente, ele já está a preparar o futuro da empresa para quando o filão energético deste lado do Atlântico se esgotar. E a alternativa chama-se Bacia do Rovuma, em Moçambique. Um projeto estratégico do qual só deverá ser possível retirar grandes dividendos depois de 2020, graças à produção de gás natural liquefeito. (…)

Filipe Fialho in Visão, 22 a 28 de Agosto de 2013

I-VERSION (sur 20 points)

Traduire depuis : « Às primeiras horas da manhã… » jusqu’à «… como o campo Lula/Iracema.»,
(de la ligne 1 à la ligne 9)

II – QUESTIONS (sur 40 points)

1 – Question de compréhension de texte :

Como é que o presidente executivo da Galpenergia cuida do desempenho da empresa ?

( 150 mots + ou – 10%[[Le non-respect de ces normes sera sanctionné (indiquer le nombre de mots sur la copie après chaque question)]] ; sur 20 points)

2 – Question d’ expression personnelle :

Dando exemplos concretos explique e comente a expressão: « novo El Dorado do Brasil » mostrando a sua importância para a economia brasileira.

(250 mots + ou – 10% ; sur 20 points)

III-THEME (sur 20 points)

1 – Grâce à ses ressources, le Brésil peut plus que tripler ses réserves pétrolières d’ici à 2020.

2 – Pour que ces projections deviennent réalité la compagnie pétrolière Petrobrás et les autres entreprises du secteur doivent relever deux grands défis.

3 – Le pétrole présalifère pose 3 défis technologiques :

4 – la mise au point de matériaux résistant à la corrosion et adaptés à des profondeurs entre 5000 et 7000 mètres sous la mer,

5 – le perfectionnement des techniques de forage,

6 – l’acheminement du pétrole jusqu’à la côte.

7 – Ces dépenses sont destinées à la construction de navires plate-formes, de sondes de forage et de navires.

8 – Bien que le Brésil lui-même construise de plus en plus de plates-formes il en commande aussi à l’étranger :

9 – soit parce que les chantiers navals brésiliens ne sont pas en mesure de les construire dans les délais impartis,

10 – soit parce qu’ils n’ont pas le savoir-faire requis.